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23/11/2009 02:25 - Atualizado em 23/11/2009 03:03

Muay Thai

Golpe na falta de apoio

Guilherme Jung, Rafael Mattioli, Eric Guimarães e Diego Silveira vão lutar na Tailândia  Foto: CRISTIANO ESTRELA
Guilherme Jung, Rafael Mattioli, Eric Guimarães e Diego Silveira vão lutar na Tailândia

Sem patrocínio, atletas do Teresópolis tiram do próprio bolso o valor necessário para lutar pela seleção brasileira no Mundial de Muay Thai, na Tailândia

MARIANA OSELAME

mari.oselame@correiodopovo.com.br


A diária do hotel em que a delegação brasileira ficou hospedada em Copenhague em outubro, para o anúncio da sede dos Jogos Olímpicos de 2016, custava 210 euros. Durante a estada dos mais de 200 integrantes da comitiva na Dinamarca, a candidatura Rio-2016 investiu cerca de R$ 900 mil. O contexto que garantiu a vitória carioca, no entanto, está muito distante quando o assunto é a realidade do esporte nacional.


Os quatro lutadores de muay thai do Teresópolis Tênis Clube que vão representar o Brasil no Mundial da Tailândia, a partir da próxima sexta-feira, sabem bem qual é o tamanho dessa distância. Sem patrocínio, eles buscaram junto ao Ministério do Esporte uma verba de R$ 25 mil para cobrir as passagens áreas. A resposta foi desanimadora. ''Vamos ter que pagar para representar o Brasil'', lamenta o mestre Carlos Camacho, técnico dos atletas no Teresópolis e presidente da Confederação Brasileira de Muay Thai tradicional, com sede em Porto Alegre.


A falta de apoio é tão grande que nem mesmo os abrigos oficiais da seleção brasileira os lutadores poderão usar. No lugar do traje oficial, o Ministério enviou roupas quase promocionais com os dizeres ''Ministério do Esporte'' e ''Brasil, um país de todos''. ''O resultado disso é que uma empresa norte-americana da área de esportes, a Fairtex, vai patrocinar nosso uniforme'', explica Camacho. Com essa marca dos Estados Unidos, os brasileiros vão desfilar entre 2 mil atletas de 148 países.


A ausência de incentivo reduziu para apenas nove o grupo de lutadores que competirá na Tailândia. Inicialmente, o país tinha 32 atletas aptos a brigar por uma medalha no Mundial. Ao contrário dos lutadores do Teresópolis, eles não conseguiram levantar verba para custear a viagem. ''Tentamos com diversas entidades e até com políticos. Todos prometeram ajudar e não ajudaram'', explica Guilherme Jung.


Assim como Eric Guimarães, Diego Silveira e Rafael Mattioli, o lutador teve que tirar do próprio bolso os R$ 10 mil necessários para a viagem. ''Fiz em cinco vezes, que era o máximo que podia'', revela Diego.


Mesmo diante de tantas dificuldades, o grupo viajou ontem motivado. ''A gente é brasileiro e não desiste nunca'', afirmou Eric, confiante.





Fonte: Correio do Povo

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